[FP] Wayland, Izzy

Personalidade .. talvez Izabelle não tenha uma, não depois de tudo o que aconteceu sua mente é perturbada todas as noites. Dormir é algo que poucas vezes consegue fazer e quando o faz é sempre tumultuado por flashes de sangue, morte...
Depois de tudo, Izzy já não vê motivos para continuar vivendo, era algo que jamais sairia da memória da menina e isso atormentava demais sua pequena mente. Mas antes disso tudo, ela já foi alguém legal, alguém da qual você não negava companhia e fazia de tudo para estar próximo, Izabelle já foi uma menina meiga e muito atenciosa com todos, não gostava de estar em brigas e detestava pessoas arrogantes, atitudes que ela passou a ter depois do acontecido, suas notas podiam ser consideradas a melhor de toda a classe e nunca havia namorado não que ela fosse negada pelos rapazes, Izzy sempre foi conservadora e achava que não estava pronta para tal relacionamento.

Com os cabelos loiros na altura das costas totalmente ondulado Izabelle chama atenção por todos os lugares, seu corpo esguio e perfeitamente nos padrões de beleza se encaixam com sua altura e seu peso, seus olhos são algo penetrante e fácil de se perder, acinzentados por fora e perto da pupila algo parecido com mel ou um castanho bem claro, lábios finos e rosados, pele meio bronzeada devido ao sol da Califórnia.

– Não Izzy! Eu podia ouvir a voz bem distante me gritando, mas eu não conseguia responde-la. Estava fora de meu alcance e era isso que eu queria. O vento forte e gelado batia contra meu rosto causando arrepios pelo meu corpo, meus cabelos levantavam com a força do vento e sacudiam selvagemente contra minhas costas, a cada passo que eu dava a dor ficava pior e a angustia aumentava mas era isso que eu queria, queria reencontrar meus pais onde quer que eles estivessem céu ou inferno. Maxxie gritava desesperadamente por mim enquanto se equilibrava em alguns ferros tomando todo o cuidado para não cair, eu já estava com o corpo para fora da Golden Gate Bridge, a água parecia feroz e agitada qualquer queda ali seria fatal e essa era minha intenção.

– Maxx vai embora. Eu mantinha o olhar na água desejando estar próxima a ela, mas Maxxie se aproximava cada vez mais de mim e eu temia, temia pelo meu melhor amigo ir junto comigo. sim, ele seria capaz disso. Desde que meus pais morreram minha vida se tornou um inferno, talvez inferno seja pouco para descrever tudo que eu passava a cada dia. Bom, quando eu tinha cerca de 10 anos me mudei para Washington largando a calorosa Califórnia por certo tempo devido ao trabalho do meu pai, que sempre ficava fora do país e até mesmo do estado, dessa vez ele havia resolvido levar mamãe e eu junto para passarmos as férias como uma família já que minha mãe fazia questão disso. Conheci Maxxie quando tinha 5 anos e havia sido difícil deixa-lo. Assim que voltamos meus pais resolveram sair para jantar me levando junto a eles, nossa temporada em Washington havia terminado e estávamos de volta a Califórnia, nessa noite tudo era pra ser perfeito mas mal sabíamos que muita coisa ia mudar, incluindo minha mente.

7 ANOS ATRÁS.

– MAMÃE, PAPAI !!! Meus gritos ecoavam para o nada, meu coração se apertava como se fosse parar e minha respiração ficava cada vez mais pesada, eu debatia contra o vidro do carro mas em vão pois nada acontecia, ninguém me ouvia. Lágrimas percorriam por todo meu rosto umedecendo-o, meus olhos vermelhos de tanto chorar era assustador até para uma criança. Eles haviam retirado meus pais do carro com toda brutalidade que podiam e com uma serra fizeram algo que jamais consegui esquecer, meus pais ainda vivos presos contra corretes por todo o corpo foram cerrados a sangue frio, com seus corações ainda batendo foram cerrados, como alguém conseguiria fazer isso? Era algo desumano, com uma criança olhando, sua filha. Mas eles não se importavam apenas me olharam uma vez e ignoraram minha presença. Trancaram todas as portas do carro e atearam álcool em volta jogando um fósforo, eu podia ver as chamas subirem em volta do carro e meu corpo aquecer, mas nada podia fazer era apenas uma criança de 7 anos, sem forças e trancada em um carro em chamas. Adormeci, talvez pela fumaça ou pelo esgotamento sabendo que a morte chegaria brevemente assim como a de meus pais, eu não estava triste pois encontraria com eles, mas não foi isso que aconteceu. Havia acordado em um hospital rodeada de médicos e tubos.

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– Você não devia ter feito isso. Eu gritava com Maxx por ter me salvo, por ter se arriscado e por se envolver na minha vida e acabar prejudicado, ele havia ido até mim ameaçando se jogar também e eu não queria isso pra ele, essa não era pra ser a vida de Maxx, ter que me salvar todas as vezes quando eu tinha surtos de suicida, eu só queria encontrar meus pais é algum pecado? – Eu vou te ajudar Izzy, eu vou. Foi o que Maxx disse até me trazer aqui, alegando que eu precisava de ajuda. – Como é o atendimento de vocês aqui no Infinity Institute? Olhava secamente para as pessoas que me observavam na pequena sala da diretoria, tudo muito escuro e tempestuoso.