Infinity Institute
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

[FP] Lettie Zerstören

2 participantes

Ir para baixo

[FP] Lettie Zerstören Empty [FP] Lettie Zerstören

Mensagem por Lettie H. Zerstören Qui Dez 19, 2013 4:06 am



LETTICE HENRIETTE ZERSTÖREN
Apelidos:
Lettie e Henri.

Aniversário:
23 de Fevereiro.

Idade:
17 anos.

Local de Nascimento:
Munique, Alemanha.

Orientação Sexual:
Heterossexual.

Grupo:
Psicóticos e Drogados.

Photoplayer:
Chloe Norgaard.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Personalidade & Aparência
Descrevê-la nunca foi tarefa fácil, quando era pequena era muito fechada, passando horas e horas trancada em seu quarto e quando saia trazia consigo um dúzia de histórias de pessoas e seres inexistentes. Por ter se criado sem os abraços de uma mãe calorosa ou a sensação de proteção vinda de um pai presente, acabou criando seu próprio mundo, preenchendo-se de nada mais que si mesma e tendo como companheira sua mente já quebrada. Tinha uma aparência adorável, com aqueles cachos loiros e olhos azuis, mas era só aproximar-se que já se notava seu olhar sempre muito distante e nas raras vezes que falava suas palavras soavam vagas, tirando quando contava suas histórias, as quais eram ditas num tom animado e às vezes até incompreensíveis de tão rápido que ela falava. Sua forma de agir mudou bastante depois de seu primeiro surto, quando tinha nove anos, quando voltou da clínica era estranhamente muito mais sociável, embora ainda tivesse alguns momentos em que voltava ao seu estado de melancolia.

A atual Lettie é inconstante, como pode se notar pelas suas constantes mudanças na cor dos cabelos, embora se esforce para manter-se no seu jeito animado, gentil e contagiante, aquele tipo de pessoa que trás uma energia maravilhosa consigo e está sempre disposta a fazer o que puder para ajudar aos outros, uma pessoa companheira e que passa confiança aos outros é isso que ela se esforça para ser, e mesmo com seu ar de quem nunca está completamente ali, ela sempre consegue isso. Porém quando as coisas param de funcionar do modo que lhe agrada, Lettie torna-se mais ácida, usando e abusando do sacarmos em suas palavras, agindo de um jeito meio mórbido e voltando a contar suas histórias sem sentido. E também há outras Letties completamente diferente, que surgem quando os surtos ocorrem.

História

Nascida em Munique, era um dia muito gelado e o jovem casal Zerstören esperava a chegada dos gêmeos, um menino e uma menina, porém, ocorrera complicações durante o parto e o menino, Ludwig morrera nos braços da mãe, assim sobrando apenas Lettice. Agnes nunca mais foi a mesma depois do parto, não queria sequer chegar perto da filha e amamentou-a em seus primeiros meses com muito sacrifício das empregadas, que foram as que criaram a menina. Markus tornou-se um homem amargurado ao ver a esposa naquele estado e acabou entregando-se de vez ao trabalho e lucrando cada vez mais, ele começou a ocupar a mente apenas com o desejo por dinheiro. Lettie, como foi apelidada pelos empregados da casa, cresceu presa a velha mansão dos  Zerstören, limitando-se a ver a cidade pelos gigantescos portões, quando era pequena gostava muito de ficar próxima deles, os empregados a procuravam pela casa toda e sempre acabam a encontrando ali, agarrada as grades.

Até que simplesmente parou de ir aos portões, ao invés disso passava horas e horas no quarto, saindo apenas para fazer suas refeições, normalmente solitárias na grande mesa de jantar, sob os olhares cheios de pena dos criados, ela odiava que a olhassem daquela forma, embora nunca tenha dito, quer dizer, nunca fez isso de forma clara. Em raras vezes sua mãe também se juntava a mesa, sentando o mais longe o possível da menina e não lhe dirigindo sequer uma palavra, e Lettie nada mais fazia do que ficar observando aquela mulher de cabelos quebradiços, corpo magro e olhos sem vida e tentando achar algum vestígio da mulher encantadora de cachos mais loiros que os dela e um sorriso maravilhoso que ela via nas fotografias e principalmente no grande quadro que ficava na sala, no qual ela usava seu belo vestido de noiva o qual durante um tempo a menina sonhara em poder ver, chegara até a pedir para uma das empregadas uma vez, que lhe pediu desculpas e disse que Agnes o mantinha tão bem guardado que ninguém sabia onde ele estava. Mentiras, obviamente. Mas o que era mais uma mentira contada para quem vivia num mundo feito totalmente delas?

Começou com seus estudos particulares aos seis anos, e também com as aulas de piano, o qual exigiu que ficasse em seu quarto. Seu pai começou a visitá-la algumas vezes ao ano para ver como ela estava indo nas aulas, passava no máximo dois dias e o diálogo que tinha com a filha durante esse tempo era resumido a perguntas básicas sobre como estava indo e se estava gostando das aulas, todas eram respondidas com uma ou duas palavras. Era isso, a relação pai e filha que eles tinham. Markus achava que já era o suficiente, afinal, ele a sustentava e ainda pagava para os melhores professores darem-lhe aulas em casa, seu papel de pai estava sendo cumprido. Lettie nunca contara uma de suas histórias para ele.

Seu maior sucesso era nas aulas de etiqueta, afinal, falava muito pouco e mesmo andando sempre com aquela expressão de indiferença no rosto, sabia quando e como devia colocar um belo sorriso nele. Na verdade saia-se muito bem em todas as aulas, mesmo que desse preferência em ficar vendo o clima pela janela e fazendo comentários sobre como o Sol estava estranho ou se o professo havia visto "aquele bicho azul" passando. Eles chegaram a dizer para Markus que seria bom ele levar a filha ao psicólogo, coisa que ele não fez, afinal, via sua filha como uma garotinha normal, talvez meio quieta demais, mas só recebia elogios em relação ao seu desempenho nos estudos e nunca ouvira sequer uma reclamação dos empregados sobre a menina.

Mas isso mudou no dia do aniversário de nove anos de Lettie, seu pai havia prometido que iria para casa e que traria um presente, ele nunca havia a prometido nada antes. Mas acabou que seu pai não apareceu no dia vinte e três de Fevereiro e tudo o que ela recebeu foi um bolo de seu sabor predileto, morango e parabéns tímidos dos empregados. Elise era a única empregada que tinha uma relação um pouco mais íntima com a menina, já que fora ela que a criara desde bebê e foi a única que lhe deu um abraço, coisa que não recebia há tempos, ela já estava na cama e sabia que devia agradecer e deitar-se para dormir, mas ao invés disso perguntou novamente sobre o vestido da mãe, disse que poder vê-lo seria um presente de aniversário maravilhoso, mas novamente o que recebeu em resposta foram mentiras. Encarou a empregada friamente, que logo começou a soar frio, mas longos segundos depois deitou-se e a mandou se retirar. Então a menina começou a gritar no meio da noite.

Elise, que tinha um quarto próximo do da pequena Zerstören logo ouviu seus gritos e foi correndo para ver o que estava acontecendo. Encontrou uma Lettie completamente diferente da que conhecera por nove anos, o que via era uma menina que mesmo com seu corpo pequeno e pouca idade parecia assustadora com aqueles olhos cheios de selvageria e palavras que eram algo como "ONDE ESTÁ A PORRA DO VESTIDO? EU PRECISO VÊ-LO, ELES DISSERAM QUE IRÃO ROUBAR O VESTIDO DA MAMÃE, EU PRECISO VÊ-LO ANTES, ELISE! ME MOSTRE O VESTIDO! RÁPIDO! ELES JÁ ESTÃO CHEGANDO!" ela gritava as palavras desesperadamente em direção a empregada, que já chorava descontroladamente, embora se mantive firme na história de não saber onde ele estava. A menina andava de um lado para o outro pelo quarto, derrubando tudo o que via pela frente e sussurrando palavras para si mesma antes de voltar a gritar. E Elise pedia desculpas sem parar, até mesmo quando Lettice derrubou-a no chão, com as pequenas mãos firmes em seu pescoço, dizendo que ela estava do lado dos bandidos e que ela não iria aceitar isso, xingou-a de nomes que ninguém sabia como ela havia aprendido.

Tirá-la de cima da empregada não foi nada difícil, afinal, ela não passava de uma criança de braços e pernas finos e pouca força, mas ainda assim forte demais para alguém com seu porte físico. Ela chutava e gritava enquanto lutava para livrar-se de um dos empregados, que segundo suas palavras era um dos bandidos. Ela só se acalmou quando sua mãe entrou no quarto. "Henriette, venha ver o vestido." ela nunca falara com a filha, mas quando ela era um bebê a chamava pelo seu segundo nome, era a única que o utilizava. Naquele mesmo momento ela parou de lutar e toda a selvageria desapareceu de seu rosto, saiu do quarto atrás da mãe sob os olhares confusos e atormentados dos empregados. Agnes a levou ao seu quarto, onde nunca havia entrado e seguiu em direção ao closet, e lá estava o vestido, em um manequim bem no fundo do closet, era feito de renda e havia flores em sua saia, que sua mãe disse terem sido bordadas a mão. Lettie nunca ficara tão deslumbrada na sua vida, aquele era seu único sonho que estava se tornando real. A mulher lhe disse que sempre dizia para as empregadas a manterem longe de suas coisas, isto é, nunca deveriam a levar até seu quarto, porém suas palavras quase não foram ouvidas, pois toda a atenção da menina era dirigida ao vestido, o qual tocava como se ele pudesse desfazer-se em pó a qualquer momento. Ficou admirando-o até os homens da clínica virem buscá-la, já de manhã. E ela foi sem questionar nada, ninguém sequer deu as caras enquanto ela passava pelos corredores e descia as escadas, não olhou para trás quando finalmente cruzou os portões pela primeira vez.


Não se sabe muito sobre como foi o tempo de Lettie internada, mas foi diagnosticada com uma psicose grave demais para uma criança e mais outros problemas que Markus demorou para digerir, por um breve momento sentiu-se culpado por não ter sido presente na vida da filha, coisa que logo passou e ele acabou indo visitá-la somente três vezes ao ano. Isto é, nos três anos que ela passou internada, só foi vê-la nove vezes. Aos doze ela voltou para casa, com uma animação que não parecia pertencê-la, uma lista de remédios para tomar e cicatrizes pelo corpo que dizia não saber onde conseguira, muitas delas eram cortes. A primeira coisa que ela fez foi desculpar-se com Elise, que se recusou de aproximar-se muito dela, mas aceitou suas desculpas. Também se desculpou com os outros empregados pelo transtorno que havia causado. Depois disso nunca mais comentou sobre o assunto.

O primeiro ano foi extremamente tranquilo, Lettie recuperou-se em suas aulas sem problemas e se mostrava cada vez melhor no piano, e ainda havia seu bom humor que parecia mudar a casa, que fora sempre silenciosa. Tudo estava simplesmente perfeito. Então a jovem pintou o cabelo pela primeira vez de cores que todos diziam ser "extravagantes” – ainda viriam muitas tinturas -, entre os Zerstören, que mantinham os mesmo hábitos de séculos atrás, aquilo era inaceitável. Markus chegou até a desperdiçar seu tempo tentando dar um jeito na filha, até mesmo lhe deu sua única demonstração de afeto de todos aqueles anos: Uma surra. Lettie demorou para acreditar no que havia ocorrido, nunca vira seu pai demonstrar qualquer tipo de sentimentos por ele, e depois de treze anos lá estava ele, batendo-a com uma expressão no rosto que variava entre fúria e culpa. Naquela noite saiu de casa logo depois do pai ir-se em seu luxuoso carro preto, no qual ela nunca havia andando. Nunca tentara sair daqueles portões, mas a tarefa se mostrou muito mais fácil do que pensava, a sensação que provou quando viu-se fora da mansão parecia mais um de seus delírios de tão maravilhosa que era, toda aquela sensação de liberdade não podia realmente existir.


Morava no mesmo lugar há anos e não conhecia nada de sua cidade, mas entregou-se a ela de uma forma que logo se via no lugar onde conheceria uma das coisas mais fantásticas em sua opinião: As drogas. Que a levavam para os lugares que só existiam em sua mente, fazia-os parecem reais, e não as coisas ruins como as que vinham quando tinha surtos, via os lugares que sonhara em estar e tinha as sensações que ansiara em provar. No meio de tudo aquilo achou sua salvação, e ao mesmo tempo sua perdição. Pois não demorou em tornar-se necessitada daquilo, e quando passava muito tempo sem elas os surtos voltavam para atormentá-la, figuras estranhas e assombrosas que lhe tiravam o sono, e aquilo ficava atormentando-a, atormentando-a... E antes que se desse conta estava se drogando, o que lhe ofereciam ela aceitava, e tudo que a estava fazendo-se sentir-se cada vez menor e mais fraca simplesmente desapareciam.

Conseguiu manter sua sujeira por de baixo dos panos por alguns anos, até que foi descoberta e trancada em seu próprio quarto, o que a fez surtar de vez, acabando com toda a mobília do lugar, até mesmo seu amado piano, durante o dia se mantinha encolhida num canto do quarto, ignorando os empregados que vinham lhe trazer comida, porém a noite era tomada por um fúria devastadora, lutava contra as grades colocadas em sua janela e contra a porta que nunca sedia aos seus esforços. O confinamento durou poucas semanas, o motivo do seu fim foi o suicídio de sua mãe, encontrada no quarto junto de um vidro de remédios vazio e uma garrafa de vodka junto a um bilhete que só dizia "Não suporto mais ouvi-la gritando todas as noites." Depois disso Markus voltou para casa dizendo que havia tirado umas férias e que passaria uns meses em casa. Lettie assim que soube da morte da mãe voltou a agir como seu eu de anos atrás: Calada e melancólica. Ela não quis ir ao enterro da mãe, ao invés disso passou horas admirando o belo vestido branco guardado no closet. Começou a ter consultas com um terapeuta e voltou a tomar seus remédios, conseguindo-se manter na linha por quase um ano.

Até mesmo seu relacionamento com o pai melhorou, novamente tudo estava indo perfeitamente bem, tinha até parado de ir ao closet todas as noites - coisa que fez durante muito tempo -, até que ele disse que precisava voltar ao trabalho e Lettie voltou a afundar, logo veio outro surto, que começou com uma história de que tinha alguém a perseguindo e terminando com um ataque a uma das empregadas, como já não era mais uma menininha de nove anos feriu muito mais aquela do que Elise. Seu pai não viu outra opção a não ser mandá-la para o tão bem falado Infinity Institute, e ao ouvir a notícia tudo o que respondeu foi "Pelo menos meus anos de aulas de Inglês terão utilidade" não se impressionou com o fato de ser colocada num jatinho particular no mesmo dia, para ser colocada num novo lugar de muros altos e limitações.

Nat. Altos Invernos. MP.
Lettie H. Zerstören
Lettie H. Zerstören
Drogados
Drogados

Mensagens : 4
Data de inscrição : 15/12/2013

Ir para o topo Ir para baixo

[FP] Lettie Zerstören Empty Re: [FP] Lettie Zerstören

Mensagem por Ivy M. Schaefer Qui Dez 19, 2013 4:12 am


ficha aceita


Sou bem suspeita pra te avaliar, viu? Sei lá, eu amo tudo que tu escreve, sério. Amei! Desde a personalidade à história, tudo. Tu já sabe como funcionam as coisas, bem-vinda ao instituto. Qualquer dúvida MP, skype ou sinal de fumaça. ♥

Btw, esse template adorável foi feito por flarnius do fórum ops!
Ivy M. Schaefer
Ivy M. Schaefer
Psicopatas
Psicopatas

Mensagens : 141
Data de inscrição : 13/02/2013
Idade : 25
Localização : Boston/MA

Ficha do personagem
Inventário:

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos