[FP] Vasnetsova, Leeloo E.

"Como definir a loucura? Não há uma definição exata para ela, ou para os graus que variam. A loucura é apenas uma coisa inventada pelo ser humano para distinguir o jeito certo do errado de ser. Sermos loucos nos torna menos humanos? Nos torna, de alguma forma, um ser à parte da sociedade? Sim, e é exatamente por este motivo que nossas mentes são melhore e simplesmente mais criativas e livres do que dos robôs padronizados e produzidos em larga escala que eram os "normais". E outra coisa, também não entendo a necessidade humana de nos tornar adultos tão rápido! Que coisa chata! Qual é a graça de ser adulto? Nenhuma, nenhuma, nenhuma. Então porque nos forçar a ser alguma coisa que não somos? Coisinha ridícula essa. Prefiro ficar aqui com o Sorriso Invisível do que ir trabalhar ou qualquer coisa que adultos chatos fazem." Foram essas as exatas palavras da garota à questão que eu havia feito à ela. Notei que além da loucura claramente vista e ouvida – por conta da menina contar história sobre um outro mundo e falar diversas vezes com personagens inexistêntes – ela possui traços da Síndrome de Alíce no país das maravilhas, que consiste em muitas vezes enxergar deformações em objetos ou aumento/diminuição de si próprio. A Síndrome de Peter Pan também é vista com clareza, a paciente em questão nega a necessidade de crescer. Défice de atenção e hiperatividade estão presentes, e talvez até mesmo um início de esquizofrenia. Sua personalidade muda em diversos momentos para as mais diferentes possível, a paciente alega que "personagens" a possuíram, e quando age de alguma forma estranha ou diz algo estranho ela sempre se justifica falando que alguém a forçou (nota: nunca há ninguém a forçando de nada). Apesar da Síndrome de Peter Pan a paciênte possui várias tatuagens e se veste de uma forma mais adolescente do que infantil, como visto normalmente em outros pacientes. Seu cabelo é longo e loiro e possui um corte mais rebelde. Fora sua aparência, todo o seu psicológico é infantil, e ela parece saber disso, apesar de não se importar ou não fazer nada para mudar tal fato.
O Gannushkin Hospital Psiquiátrico de Moscou indica à família, por meio desta carta, o Infinity Institute, um reformatório criado especialmente para a melhoria de crianças e adolescentes com problemas similares ao de Leanne.
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▬ Desde pequena tem seus distúrbios e diz ver coisas e deformações que ninguém vê. Sempre que dorme no dia seguinte diz que viajou para um lugar mágico. Possui vários amigos imaginários, o que mais conversa normalmente é chamado Sorriso Invisível.

▬ Seus pais a abandonaram quando ela tinha quatro anos de idade. Passou a viver nas ruas até ser pega e levada para um orfanato aos 9 anos de idade. Foi adotada com 12 anos de idade.

▬ Por não ter tido uma infância, já que teve que amadurecer rápido demais por conta da sua vivência nas ruas frias e perigosas da Rússia ela resolveu então ter uma infância eterna.

▬ Seus pais adotivos são compreensivos e levavam sua loucura de forma normal.

▬ Nunca bebeu, fumou, ou se drogou, além do que também nunca fez sexo por opção sua e por medo de sua infância eterna ser destruída.

▬ Estudou sempre em escolas particulares de um alto nível de ensino, no entanto nunca teve amigos por conta de ser considerada esquisita.

▬ Aos 14 anos fez sua primeira tatuagem e não parou de fazê-las até hoje em dia. Todas as suas tatuagens foi ela que desenhou, dizendo ter sido Sorriso Invisível e o Louco que lhe deram as ideias para os desenhos.

▬ Às vezes Leeloo dizia estar com dois metros de altura ou tão pequena quanto um grão de arroz.

▬ Seu apelido fora dado por Henry, um amigo de infância das ruas que morreu depois de levar uma surra de uma gangue por ter ficado com a namorada de um dos membros.

▬ Com quinze anos Leeloo foi internada numa clínica psiquiátrica depois de um surto de loucura, onde gritou com seus pais falando diversas coisas ruins, logo em seguida subindo nas árvores do grande jardim de sua mansão e cavando diversos buracos no gramado.

▬ Leeloo não consegue ficar prestando atenção em uma coisa por muito tempo por causa do défice de atenção. Por este motivo suas notas na escola sempre eram baixas.

▬ Às vezes seus amigos imaginários maus, ou como ela chama: os vermelhos, aparecem para ela apenas para falar mau de alguém e dizer coisas sem sentido.

▬ Leeloo sempre nomeia uma pessoa como um personagem, seja de livros infantis, desenhos, ou qualquer refêrencia que a pessoa tenha similar à algum personagem. Ela também possui a mania de desenhar todas as pessoas que conhecem na forma do personagem que os nomeou.

▬ Aos 16 a clínica em que estava resolveu manda-la para o Gannushkin Hospital, um hospital psiquiátrico de Moscou que "trataria melhor de seus problemas", palavras do médico e psicólogo da menina.

▬ Ela não fala de seu passado nas ruas, pouquíssimas pessoas são as que sabem que ela já morou na rua algum dia. Ela conversa sobre seu passado de forma que parece ser filha biológica de seus pais.

▬ Interpretou sua ida para o Instituto como a chance de conhecer novos personagens e novos mundos.

▬ Muitas vezes suas falas e ações são manipuladas pelos seus amigos imaginários. Ela diz que alguns deles a forçam falar e fazer coisas ruins, e que outros até mesmo podem entrar em seu corpo e agir de uma forma diferente da dela.

▬ Apresenta-se sempre como Leeloo, poucos sabem que o real nome dela é Leanne.